Fico inquieto quando não tenho nada nas mãos para ler quando estou no ônibus – no metrô é sempre mais rápido, então nem me preocupo. Só as músicas do meu MP3 player não me satisfazem completamente. Mesmo tendo algum livro na minha bolsa de carteiro, às vezes não é exatamente o que eu quero ler; é praticamente uma preguiça literária, de que você só quer ler textos rápidos, sem compromisso e que não exigem aquela concentração.
O Metrô News, ao meu ver, foi o primeiro a fazer com que essa preguiça literária fosse sanada rapidamente. O problema era saber onde pegar o bendito exemplar. Parecia uma conspiração universal: todos estavam com o jornal na mão, menos você – da Barra Funda ao Itaquera. Depois descobri que não eram em todas as estações em que ele era distribuído.
Com um editorial um pouco mais elaborado – assim como a diagramação do jornal também -, chegou o Destak para fazer concorrência, não com o Metrô News (na minha opinião, o objetivo dele é ser circulado dentro do metrô, não fora dele), mas com o Estado e a Folha. Concorrência? Sim, no conceito de que informação pode ser de graça não só através da internet (ou quando você pára na banca e lê a capa desses mesmos jornais).
O Publi Metro, que a princípio todos confundiam com o Metrô News (o que um acento não faz, hein), resolveu dar suas caras na cidade paulistana, brigando com o mesmo espaço do Destak: as entradas e saídas do metrô e os faróis das ruas adjacentes. Se levar em consideração o fato de que o Metro é o último dos moicanos, chega a ser um plágio descarado quando você lê as manchetes, o resto das notícias e, se der tempo, quando você observa o layout do jornal – o verde e o vermelho das logomarcas são arquiinimigos mortais nessa disputa entre os dois veículos.
(more…)