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História de um nostálgico dos anos 90

janeiro 12, 2008

Salvador Dali

Parabéns! Você que nasceu em 1990 completará ou já completou 18 anos em 2008. Agora são seus avós – alguns já têm avós, ué – que sentem saudades da nostálgica década de 80. Quando você nasceu, os computadores já não eram mais gerenciados pelo MS-DOS (era uma tela preta, cheia de letrinhas verdes… pergunte para seus pais), pois criaram o Windows 3.11 – a primeira versão com interface colorida. E o processador? Pentium 166MHz com 32Mb de memória RAM. Sim, você que está acostumado com Gb, Mb parece até impossível. Mas para que tanta coisa, se a gente nem sabia direito o que era internet – nossas linhas telefônicas eram analógicas, demorou para elas se tornarem digitais. Pelo menos uma palavra que você sabe o que é: digital. TV digital, câmera digital, música digital, e por aí vai. Bom, voltando para o computador, as coisas começaram a surgir aos poucos: gravador de CD, provedor de internet, ICQ (I Seek You, mas não adianta explicar o trocadilho, você não vai lembrar mesmo), bate-papos nas salas do UOL, MP3, Napster… nada veio com tudo, ao contrário dos dias de hoje. E o nosso medo do bug do ano 2000?

Hoje você tem um pen drive de até 2Gb, ou até um de 4Gb (tem um da Sony com 8Gb que se compacta e expande até 24Gb, mas com certeza você já sabe disso). Quando você nasceu, tinha o disquete (ou inglês, floppy-disk). Era frágil, não podia amassar, molhar, dobrar, ficar em lugar úmido ou quente… tão indispensável que se pegava vírus (e não era através da internet, acredite se quiser), o desespero tomava conta. Também, imagine perder 1Mb de um documento do Word 5 (você deve se lembrar só da versão 2001 em diante)… muito alarde pra pouca coisa? Claro, é pouca coisa comparado com seu notebook cujo HD tem 180Gb. Quando lançaram o WinZip, ficamos tão felizes, pois podíamos “expremer” nossos arquivos, já que o HD de 4Gb do “Lentium” 166 estava quase no fim. O monitor começava a ficar velho, a tela escura – a gente bem que tentava ajustar as cores rolando (e não apertando) os botões, mas não adiantava. Depois que lançaram o de 17″, o de 14″ parecia tão pequeno. LCD? A TV sequer era plana, o máximo que a gente tinha era tecla SAP e “magic eye”. E pensar que hoje você tem um monitor de tela plana, finíssimo, alta resolução (quantas milhões de cores?). Sua TV deve ter mais de 29″, também com as mesmas definições do monitor, claro. Mas pra que TV? Usa o seu monitor pra assitir os filmes que você gravou no DVD, dá na mesma!

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