Archive for the ‘pensamento’ Category

Mídia 2.0: um outro ponto de vista

setembro 15, 2008

O que acho mais problemático nessa história toda é que todos discutem, participam de seminários, dão suas opiniões, mas esquecem de uma das partes mais importantes desse processo: o cliente. Por mais que isso tenha se tornado desculpa para tudo que não faz sucesso, o choque de gerações é fundamental para explicar esse processo de ostracismo em que se encontra a gestão de comunicação nas redes e mídias sociais.

O trecho acima é do blog do Eduardo Vasques a respeito das Relações Públicas 2.0, que consequentemente leva às Mídias Sociais, assunto tão comentado entre profissionais de comunicação, internet e marketing. Compartilho também da mesma idéia que Eduardo, pelo menos no que diz respeito a RP. Não posso ter uma idéia tão concreta quanto às Mídias Sociais em geral, pois nunca tive a oportunidade de trabalhar – ou testemunhar – ativamente com alguma atividade ou ação.

Onde trabalho atualmente não há chance alguma de ter ações do gênero. São vários os motivos: resistência da diretoria, verba restrita e principalmente incertezas quanto ao futuro da empresa (minha pior preocupação, particularmente falando). Ainda luto para ter a oportunidade de trabalhar com marketing digital – e não somente mídias sociais, que na minha opinião é um segmento recém-nascido e que ainda precisa de muito amadurecimento. Para se trabalhar com web marketing, tenho ciência de que é necessário especialização: métrica online é uma ferramenta que tenho grande interessante em ter mais contato, mesmo porque já é um artifício que as empresas conhecem um pouco mais (graças ao Google, todos sabemos disso) e não têm tantas restrições quanto aos resultados (estes sim podem ser medidos precisamente).

Bom, enquanto fico nesse impasse quanto ao meu futuro profissional, creio que deixarei um pouco de lado o Jaca. Não porque desanimei ou desisti dele, é pelo simples fato de não ter assuntos relevantes ao blog. Conteúdo para mim tem de ter qualidade, e não quantidade.

P.S.: sem fazer propaganda, quem tiver interesse em contratar um profissional que tenha sede em aprender e trabalhar com web marketing, estou aberto para oportunidades e propostas. 😉

José Brandão & Jacacarambola

Mídias tradicionais: parecem todas iguais

agosto 20, 2008

Onde trabalho atualmente, pude ter – e ainda tenho – mais contato com diversos veículos que anseiam em fechar algum anúncio conosco. Talvez isso aconteça por pensarem que o nome da empresa, seja para o consumidor final como para o próprio mercado, é igualmente proporcional à verba de marketing.

Admito que, como anunciante, é entediante atender a todos os veículos, ainda mais quando eles insistem em agendar uma visita só para entregar um exemplar – para isso existe correio e motoboy. Por outro lado, entendo o profissional de vendas: ele tem de vender para conseguir sua comissão no final do mês. (peço desculpas pela franqueza, mas é fato)

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De volta aos poucos

agosto 19, 2008

Confesso que quase desisti do Jaca. O motivo é simples: falta de oportunidade que englobe marketing digital. Notícias sobre esse assunto não faltam; basta jogar em qualquer buscador e você será invadido por uma avalanche de novidades em web marketing. Entretanto, meu objetivo não é mostrar o que os outros fazem – o que eu admiro, claro – e sim o que eu posso mostrar como experiência própria. Que sirva ao menos de reflexão para quem frequenta esse blog – ou frequentava, já que está um tanto abandonado.

O que adiantaria falar sobre marketing de busca, redes sociais, novas ferramentas de marketing (principalmente as da web 2.0), cases interessantes de marketing viral? Nada disso é novidade para ninguém, pelo menos quem está por dentro das últimas tendências. Enfim, é o que acho importante para esse blog: demonstrar minha visão frente ao que é mostrado como case de sucesso, o que realmente funciona ou se realmente é bom e até que ponto vale a pena – mas para isso preciso vivenciar. E é isso que me falta ultimamente. 😉

P.S.: os outros autores provavelmente abandonaram a idéia de colaborar com esse blog. Mesmo assim, os nomes deles estão lá. Quem sabe algum dia um deles apareçam por aqui com algo interessante.

José Brandão & Jacacarambola

Mergulhado no mundo offline

junho 9, 2008

Offline vs. Online

Ando bem ausente, mas não abandonei o blog. Mudanças na vida profissional – continuo na hotelaria, no mesmo destino, mas a empresa mudou – estão exigindo muito mais tempo no mundo offline do que o tão querido online. Para completar, está apertada a maratona final da pós-graduação com aqueles trabalhos inúteis em grupo, constituídos de uma parte impressa (sempre enfeitadas com os padrões ABNT) e de uma parte expositiva (leia-se: apresentações em Power Point ou vídeos de conferências, palestras, reportagens, não-importa-o-que-tiver tirados da internet), que na verdade só servem para cumprir o currículo e, principalmente, a carga horária do curso.

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Vivendo no Mundo de Bob

maio 17, 2008

Nossa professora de Mix de Comunicação deixou um texto sobre Tendências da Propaganda no moodle da sala para discussão – apesar de ninguém estar discutindo nada ultimamente. É uma matéria bem antiga (2002, pasmem!) que trata de tendências da propaganda e, também, de como todos os personagens da história – angências, anunciantes e os próprios profissionais – devem atuar para acompanhar essas tendências. O que me assustou um pouco foi a superficialidade com que a matéria foi redigida. E provavelmente ela foi escrita no Mundo de Bob.

É uma crítica bem pessoal mas que se aplica bem tanto no acadêmico como no profissional. Estou cansado – espero que não seja somente eu – de ler as receitas de bolo do Kotler e do Churchill. Desde a faculdade, o que mais se vê são cases de sucesso e reportagens desse gênero, ensinando como você deve agir para ser um case de sucesso – já que as receitas de bolos não são o bastante para fazer você acreditar em conto de fadas.

Só para citar como exemplo (e também para esclarecer meu ponto de vista), logo no começo dessa matéria ilusória, há o primeiro ítem:

Crescimento do uso da comunicação, com “reinvenção” de algumas categorias. Verbas maiores e mais anunciantes, mas com perfil de distribuição diferente. Menor volume de GRPS. Necessidade de desenvolver novos formatos.

Até eu poderia dizer que o uso da comunicação vai aumentar, pois para mim isso nunca não foi, é e será uma tendência, é simplesmente uma consequência natural entre as pessoas; comunicar é uma necessidade, nós de marketing é que incentivamos o desejo. Mas infelizmente eu não sou formador de opinião (leia-se: não sou presidente ou diretor de marketing de uma das 100 melhores empresas citadas pela Exame ou pela Forbes).

A questão da verba é muito particular de uma empresa para outra, mas na minha breve experiência não existem “verbas maiores”. O termo utilizado é “menos verba e mais criatividade”. Você tem que apertar de um lado, espremer do outro, tirar dali para colocar lá. Os comitês executivos passam tantos meses reunidos decidindo o budget anual, mas quando você pega a planilha na mão, viu que não está nada diferente do que foi no ano anterior.

Para os profissionais, compreender a dinâmica do mercado, saber integrar processos e garantir resultados. Desenvolver visão antropológica, senso de inovação/experimentação e abordagem de arte. Ampliar limites da inspiração e da interferência da comunicação. Trabalhar para que a propaganda possa “perder a autoria”.

“Compreender a dinâmica do mercado…”. Parece até o Kotler falando em qualquer uma daquelas palestras que a empresa onde você trabalha pagou tantos mils dólares para o presidente dar uma olhada (e não você, claro). O pior não é pensar que essa afirmação seja óbvia – além do resto da frase -, é pensar que ainda há muito profissional no mercado que é cru, teimoso e não aprende. E olha que receita de bolo é o que não falta.

Se eu discorrer sobre o texto inteiro, vou escrever um roteiro de novela. Sugiro ler o artigo da revista por cima, pois em nada vai acrescentar conhecimento ou conteúdo que o valha.

José Brandão & Jacacarambola

O que não falta é falta de criatividade

maio 10, 2008

Entrei no site só por curiosidade, já que a falta de criatividade foi o que mais me chamou a atenção – e a ousadia em relacionar erotismo com toques de celular. Fiquei mais aterrorizado ainda. Além do site ser todo escuro – o preto é a cor predominante, deixando o azul como enfeite secundário -, há uma animação pobre e sem sentido em um celular (adivinha que cor?) do lado direito da página. A sequência começa com o logo da empresa, depois aparece uma menina “cheer leader”, logo após uma foto de luta livre (wrestling) e, por fim, uma moto da Suzuki.

Nem vou me estender no assunto, pois não há motivo para tentar explicar tanta incoerência. O amadorismo das pessoas me impressiona.

José Brandão & Jacacarambola

Revista digital: alternativa para conteúdo online

abril 16, 2008

Estava a caminho da pós quando me entregaram um encarte da Super Interessante. Como o conteúdo da revista  não tem mais a mesma qualidade de alguns anos atrás, peguei e quase não dei a devida atenção. Eu realmente não queria saber quem inventou o palito de dentes muito menos se era higiênico proteger as latinhas de cerveja com selo.

Não querendo me estender muito nas reportagens, li só a contracapa. Claro que induzia o leitor, de acordo com a curiosidade dele, a acessar o site da revista e ler na íntegra a matéria de capa – que por sinal tem tudo a ver com ciência: “a cadeia como você nunca viu”. Lá fui eu visitar o site; não me surpreendi quando vi que não havia quase destaque na página – e os poucos destaques não conseguiam chamar a atenção.

Enfim, meu objetivo não é falar do layout pobre e do conteúdo fraco do site. Cliquei direto no ícone da revista para ler a matéria “super interessante”. Minhas expectativas desceram pelo ralo quando percebi que não era uma versão em PDF ou equivalente ao clicar em um outro ícone: “folheie a revista”. Simplesmente abriu uma janela em flash com a revista aberta em miniatura – só o título das matérias estavam legíveis. A intenção é só folhear mesmo.

Admito que meu equívoco foi grande ao pensar que iria encontrar uma revista digital. Sei que, a princípio, pode não haver muita diferença entre online e digital, mas quando você escolhe fazer o download de qualquer conteúdo para ler, ouvir ou assistir depois (podcast e videocast), já deixa de ser online – daí a vantagem de ser digital.

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NewsCamp edição II: saldo final

abril 14, 2008

A segunda edição do NewsCamp, realizado no último sábado, 12 de abril, no espaço Gafanhoto, rendeu boas discussões. A desconferência contou com a presença de aproximadamente vinte pessoas, entre elas jornalistas, profissionais de mídia, relações públicas e marketing, blogueiros e estudantes de jornalismo.

Os temas discorridos a partir de agora são totalmente voltados aos interesses desse blog. Para saber mais sobre outros temas abordados, leia o que Ceila escreveu. No próprio blog do NewsCamp serão linkados todos os posts relacionados ao evento, então, por favor, não limite sua leitura até aqui. 🙂

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Globo e Record: parece até guerra de preço

abril 8, 2008

Domingo é o pior dia para assistir televisão, até nos canais pagos – mesmo com o reprise de diversos programas e seriados que nós não temos tempo de acompanhar durante a semana.

Ontem, enquanto estava procurando o que fazer na internet, deixei ligado no canal Record. Não pude deixar de prestar atenção no sensacionalismo que eles fizeram sobre o caso Isabella. Aproveito até para indicar o post da Sam Shiraishi: uma crítica ao exagero da mídia em notícias que chocam o Brasil – que, na minha opinião, só chocam por causa da própria mídia. (e aproveito também para divulgar o Nossa Via, site recheado de assuntos para todos os gostos e, claro, muito interessantes).

Mas o que vou falar não é do sensacionalismo. Vou falar da guerra cada vez mais escancarada entre a Globo e a Record. Exemplo rápido para não perder o fio da meada: o programa Domingo Espetacular criticou há algumas semanas a novela Duas Caras da Globo por abordar o fanatismo de evangélicos. Ontem, no Fantástico, um pastor evangélico gravou cenas de pessoas torturadas (que na verdade já estavam senteciadas à morte pelo tráfico), mas que eram salvas antes por ele.

Antes fosse coincidência, mas é pura concorrência. O produto é o conteúdo do canal, nós telespectadores somos o consumidor final. Como o mercado não é estável e é altamente competitivo, ele nos oferta novos tipos de produtos – TV a cabo está se popularizando mais rápido do que antigamente – em um curto espaço de tempo. Em quesito de liderança, percebe-se que a Globo está desesperada com um concorrente que, há uns dois ou três anos, não era caracterizado como uma ameaça de audiência. A Record conseguiu atingir a mesma “qualidade” – coloco em aspas, pois não enxergo qualidade alguma – que a Globo possui.

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NewsCamp: desconferência no mundo jornalístico

abril 3, 2008

Não sou jornalista, mas resolvi me inscrever. E resolvi também divulgar para quem estiver interessado, principalmente para quem é ativo no ramo de comunicação. A primeira edição rendeu bons assuntos, apesar de algumas opiniões adversas – mas isso é normal, não é possível agradar gregos e troianos.

Como principiante, não me arrisco a abordar ou incitar algum tema para os debates durante a desconferência. Renato Cruz, Lucia Freitas e Gabriel Tonobohn já deram sua contribuição para o Esquenta do NewsCamp.

Como marketeiro, creio que o assunto mais próximo seja Relações Públicas. Já falei um pouco do que sei nesse post. Se valer como tópico para o dia do encontro (dependendo do interesse dos participantes): abordar os desafios que RP tem em trabalhar com o mundo online. Como mensurar o retorno de um press release? Quais os canais para disseminar com mais eficiência o seu press release? Vale a pena pagar um site de PR online?

Fica aqui minha sugestão. Se quiser saber de mais detalhes, basta acessar o site oficial do NewsCamp.

NewsCamp – II Edição – a desconferência de Jornalistas 2.0
Onde: Gafanhoto – Av. Rebouças, 3181 – São Paulo – SP
Quando: 12 de abril – sabádo
Horário: 9h00 às 17h00
Inscrição: enviar email para aghanael@gmail.com ou evasques@gmail.com com a palavra “Newscamp” no assunto!