Podcast funciona?

Confesso que nunca ouvi um podcast por inteiro. Deve ser falta de paciência ou sobra de tédio. Não consigo me concentrar quando estou ouvindo um computador falar; a dispersão se espalha e não há nada que me faça a recomeçar.

Pensando nessa minha dificuldade de concentração, resolvi buscar no Google Todo Poderoso qual é a popularidade dessa ferramenta. De cara encontrei essa matéria, de três anos atrás, falando que “em breve” será tão essencial quanto manter um website. Tenho minhas dúvidas. Mas já que toda matéria ou artigo deve ter bons exemplos que sirvam como justificativa, nessa em especial foram citadas empresas como Disney, GM e Whirlpool. Entrei em algumas para ver se, mesmo depois de três anos, o podcast não é uma ferramenta obsoleta.

Purina: não vou dizer que vasculhei em cada canto do site, mas não encontrei nada. Talvez tenha que fazer cadastro para acessar o conteúdo exclusivo (se tiver algum). O que achei legal foi a seção de diversão: escolha as fotos do seu animal de estimação, faça upload e monte um álbum; depois é só enviar um e-card para quem você quiser. A façanha não é recente e muito menos inovadora, mas com certeza é uma boa estratégia para aproximar o cliente à marca – exceto os casos em que o verdadeiro cliente, próprio o animal , não gostar do produto.

Heineken: aqui o podcasting é usado e abusado por causa da música. Acho que por ser uma cerveja em que as pessoas costumam beber em balada, a associação até que funcionou. Entretanto, ainda prefiro ouvir online do que baixado no meu MP3 player (deve ocupar muito espaço no meu pen drive humilde de 1Gb). Enfim, com ou sem podcast, o site ganha pela introdução em flash, que não lembra em nada as campanhas publicitárias medonhas das outras cervejas mais populares. Aqui também você pode mandar o seu e-card, assim como deixar um “scrap” – um jeito bem legal de direcionar o cliente a conhecer o produto, sua história e o sucesso atual usando o mesmo espaço. P.S.: não me cadastrei para ouvir a rádio; quem ouvir, me avise se é boa.

Whirlpool: site mais simples, impossível. Fui direto na caixinha do buscar e nada foi encontrado. É mais voltado para um canal institucional do que propriamente para divulgação dos produtos.

GM: qual não foi minha surpresa quando vejo um ATENÇÃO avisando as pessoas que a Chevrolet não realizando nenhum concurso por e-mail… não são só os bancos que sofrem com trojans. Também não encontrei podcast algum, mas encontrei uma lista de clubes, cada um criado especialmente para os carros da Chevrolet. Isso que é atendimento personalizado, hein! No clube do Celta tem até rádio. (pode ser que tenha nos outros, mas não estou muito disposto a conferir)

Não posso afirmar que o podcasting não funciona mais só porque eu olhei quatro sites depois de uma notícia publicada há três anos. Particularmente, acho uma ferramenta que “cansa” os ouvidos, distrai e não atrai em nada seu público-alvo, a não ser que o seu produto ou serviço seja sobre música. Uma alternativa para o podcast? O videocast (há variações para o termo, não sei qual é o mais usado). A Folha tentou inovar com essa ferramenta desde o ano passado – falo que é inovação por se tratar de um jornal impresso; não temos como comparar com o TerraTV, por exemplo.

Só para fechar o meu post – eu tenho esse problema às vezes, não consigo fazer a conclusão -, e como eu cheguei a citar rádio, aqui vai uma sugestão de rádio online: Lounge Radio. Musiquinhas chill out para relaxar o corpo e a alma. 😉

José Brandão & Jacacarambola

Tags: podcast, podcasting, radio online, videocast